Feijão sobe mais de 100% em Santa Catarina

Preços estão em alta tanto para a variedade carioca quanto para o preto

Os preços pagos pelo feijão aos produtores catarinenses estão mais altos. Os O feijão-carioca comercializado em fevereiro saiu, em média, com valor 11,4% mais alto do que em janeiro. Fechou em R$278,02/saca 60kg, valor é cerca de 102% superior ao que foi pago em fevereiro de 2020.

 
 

No caso do feijão-preto, a variação no período foi de 8,10%. Em valores nominais, os preços praticados no mercado catarinense estão 116% maior do que aqueles praticados no mesmo período do ano passado. O valor da saca de 60kg ficou em R$ 278,84.

O baixo estoque para o início da safra e a queda na produção da primeira safra 2020/21 é um dos fatores que explica esse aumento. Com preços elevados e redução da demanda pelo mercado consumidor, os atacadistas estão adquirindo o mínimo necessário para honrar seus compromissos. Esse cenário favorável gerou boa expectativa em relação à segunda safra, com possibilidade de aumento de área plantada, desde que as condições climáticas sejam favoráveis. 

Em Santa Catarina, cerca de 80% da área plantada com a 1ª safra de feijão já foi colhida. A alternância de períodos mais chuvosos e secos entre a última semana de fevereiro e a primeira semana de março, melhorou o aspecto das lavouras. Com isso, produtores puderam realizar os tratos culturais necessários nas lavouras que ainda estão a campo, projetando uma excelente safra até o momento. Os dados constam no Boletim Agropecuário da Epagri, divulgado nesta quarta-feira (24).

 

Com o clima desfavorável, tendo estiagem no começo do ciclo e o excesso de chuvas no período de maturação e colheita, a área plantada deve reduzir 3,4%. O produto colhido apresentou problemas de qualidade. Foram inúmeros os registros de lavouras com grãos de feijão brotados na vagem e/ou com ataque severo de doenças sem possibilidade de controle. Com isso, a produtividade média nessa safra deverá reduzir quase 6%, resultando numa produção 9,2% menor em comparação com a safra passada.

O plantio da segunda safra de feijão catarinense teve início em janeiro, mas em função do excesso de chuvas, a maior concentração de plantio ocorreu a partir de fevereiro. Até a primeira semana de março, cerca de 40% da área destinada a esse cultivo já havia sido semeada. Em todo estado, para as lavouras que estão a campo, 94,4% das plantas encontram-se em desenvolvimento vegetativo e 5,6% já alcançaram a floração. Quanto à condição de lavoura, 81,4% é considerada boa, 13,6% está em condição média e 5% em condição ruim.

 
 

Nas duas safras o Estado deve colher 109,6 mil toneladas, um avanço de 6,5%. Santa Catarina não planta a terceira safra de feijão, que dá lugar aos cultivos de inverno.

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